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Caio Maselli
  • 29-04-2025
  • 5 minutos para leitura
Automação
A automação virou o ''novo evangelho'' do mundo corporativo — mas a que custo?

No mundo corporativo, falar em automação virou sinônimo de modernidade, eficiência e inovação. Quem não está automatizando é visto como ultrapassado, ineficiente ou fora do jogo, ou seja está “ficando para trás”, “gastando mais do que deveria” ou “perdendo competitividade”.

Este parece ser o novo evangelho de quem quer sobreviver no mercado.  Mas será que estamos mesmo colhendo os frutos dessa transformação digital? Ou estamos apenas deslocando ineficiências — agora mais bem maquiadas por dashboards sofisticados e algoritmos que poucos compreendem?

Essa é uma pergunta que precisamos fazer com honestidade. Porque quando todos repetem como um mantra que automação de processos é a solução, é exatamente aí que precisamos parar para refletir.

O risco de automatizar o caos

Automação é, sem dúvida, uma poderosa aliada. Pode reduzir custos, eliminar tarefas repetitivas, melhorar a experiência do cliente e liberar tempo para atividades mais estratégicas. Mas ela também tem um lado sombrio: quando aplicada sem critério, sem redesenho de processos ou sem um entendimento claro do que realmente importa para o negócio, vira só uma forma mais cara de manter o caos funcionando.

Ferramentas como RPA, IA, BPMS e CRMs são, sem dúvida, poderosas. Mas quando usadas sem redesenho de processos, sem uma estratégia clara ou sem o engajamento das equipes, elas não resolvem nada — só mascaram ineficiências.

É comum ver organizações implementando soluções sofisticadas para automatizar fluxos mal definidos, o que gera retrabalho, desalinhamento entre áreas e mais complexidade operacional.

Automação sem clareza não gera eficiência. Gera frustração.

Tenho acompanhado de perto a realidade de empresas de diferentes portes e setores. E é comum ver organizações implementando RPA, bots, CRMs  e BPMS com integrações complexas — tudo isso sem antes mapear seus processos reais, sem entender seus gargalos operacionais ou sem envolver as pessoas certas na tomada de decisão. O resultado? Retrabalho, baixa adesão, resistência interna e um sistema que, embora moderno, apenas automatiza ineficiência e processos mal desenhados e sem maturidade.

A automação, nesse cenário, deixa de ser uma alavanca estratégica e vira um obstáculo disfarçado de inovação. É como dar uma ferramenta de alta precisão para alguém que ainda não sabe o que está tentando construir.

Mais do que perguntar "o que podemos automatizar?", a pergunta certa deveria ser: "faz sentido automatizar isso agora?" ou "como esse processo pode ser redesenhado para gerar valor de forma contínua?". Porque eficiência real não nasce da tecnologia, mas do entendimento profundo do fluxo de trabalho, das necessidades do cliente e da cultura organizacional.

A pergunta que toda empresa deveria fazer

Antes de escolher a ferramenta ou contratar uma consultoria, a pergunta deveria ser:

“Qual processo realmente faz sentido ser automatizado?”

Essa reflexão muda tudo. Porque a automação eficaz não começa com a tecnologia. Começa com o entendimento profundo da operação, dos gargalos reais e das oportunidades de ganho.

Tecnologia sem cultura preparada é desperdício

Outro ponto negligenciado é a cultura organizacional. De que adianta investir em tecnologia se a liderança está desalinhada, os times operam em silos e não há visão estratégica clara?

Sem uma base sólida, a tecnologia só amplifica o ruído em vez de gerar valor.

Por isso, automação de verdade começa com o mapeamento de processo, passa por uma jornada de integração entre áreas, exige governança de dados e culmina em capacitação de pessoas.

A automação do futuro — aquela que traz ganhos sustentáveis — é colaborativa. Ela não elimina o fator humano é exatamente o oposto, ela exige mais inteligência humana para que faça sentido.

Automação inteligente: o futuro é colaborativo

Os cases mais bem-sucedidos não são os que substituem pessoas, mas os que amplificam a capacidade humana. Um bom exemplo é o uso de IA generativa para fornecer análises preditivas em marketing, permitindo redirecionar talentos para áreas mais estratégicas, sem demissões.

Automação que funciona é aquela que libera o potencial das pessoas — não que tenta eliminá-las.

Usaram a tecnologia para potencializar decisões, otimizar investimentos e, o mais importante: redirecionar talentos para onde eles agregam mais valor.

Essas empresas não adotaram a automação como uma solução mágica. Elas a trataram como parte de uma estratégia clara, com foco em aprendizado contínuo, flexibilidade e melhoria de processos. O ganho, nesse caso, não é só operacional — é cultural, estratégico e duradouro.

Automação é decisão estratégica, não técnica

Automatizar com inteligência exige:

  • Redesenho de processos

  • Integração entre áreas

  • Governança de dados

  • Capacitação contínua das pessoas

Mais do que cortar custos, o objetivo deve ser gerar valor sustentável.

Se queremos colher os verdadeiros benefícios da automação, precisamos abandonar a lógica da economia imediata e abraçar a visão da inteligência ampliada. Isso significa parar de buscar atalhos tecnológicos e começar a construir caminhos estruturados, que passem pelo entendimento do negócio, pelo mapeamento de processos, pela integração das áreas e pelo protagonismo das pessoas.

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#Processos
#Automação
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Caio Maselli
Co-Founder at Writeflow | #techthatmatters

Nos últimos 13 anos me dediquei à área de Tecnologia da Informação e atualmente atuo como Especialista em Automação e Processos no Writeflow, desenvolvendo estratégias e automações eficientes, garantindo que as tecnologias sejam utilizadas de forma clara, lucrativa e segura, empoderando pessoas e transformando empresas. Sempre com foco em entregar a melhor experiência para clientes e usuários.

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